Novas tecnologias
empregadas pelo Fisco exigem das empresas prestação de contas cada vez mais
fidedigna e precisa.
Vemos que a transmissão
de dados via internet está se intensificando para evitar erros e sonegação.
Tudo está cada vez mais integrado e é preciso ficar atento a este novo cenário.
Mudanças fiscais exigem tecnologia e que as empresas se estruturem
tecnologicamente para não terem problemas.
Mas, calma, não é assim
tão complexo. Entre as novas obrigações, estão o e-Social, que envolve o envio
de dados sobre os empregados e será implementado em breve, os cupons fiscais
eletrônicos para o consumidor e a NFe (Nota Fiscal Eletrônica). Algumas destas
novas exigências são extensões do Sped (Sistema Público de Escrituração
Digital), instituído ainda em 2007. Isso sem mencionar as inúmeras mudanças no
ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) dos Estados e a
declaração de Imposto de Renda on-line, entre outras ações que acompanhamos ao longo
dos últimos anos. É impossível dissociar o Fisco da tecnologia, e ela será
ainda mais avançada para apertar o cerco e fazer com que cidadãos e empresa
cumpram 100% de suas obrigações fiscais. Recebendo esses dados pela internet, o
governo consegue fiscalizar todo o sistema de maneira mais fácil, precisa e
integrada. No caso das notas fiscais eletrônicas, por exemplo, que precisam ser
validadas (sempre que se adquire uma mercadoria deve-se certificar de que a
nota fiscal é válida), as fraudes diminuem sobremaneira, uma vez que empresas
cancelavam notas após entregarem seus produtos para não recolher impostos.
Este contexto exige de
nós, profissionais da contabilidade, crescente especialização na gestão de
documentos fiscais eletrônicos. A relação entre as empresas e seus escritórios
de contabilidade deve ser bastante próxima. E já que o governo aumenta a
tecnologia, nós do setor também pensamos em maneiras de como melhorar a gestão
dessas novas obrigações fiscais por meio de ferramentas eletrônicas. Bom caminho
para administrar todas essas obrigações são os sistemas integrados de gestão
empresarial, os chamados ERPs. Esses softwares são capazes de reunir todos os
dados da gestão em apenas uma interface. Reunir as informações da empresa em
única fonte é muito importante quando temos série de obrigações e validações
fiscais para realizar. Softwares internos facilitam a inserção diária de
informações e documentos escaneados, o que agiliza sobremaneira o tempo de
resposta que a contabilidade deve oferecer ao cliente. Com esses avanços
integramos melhor os processos e as pessoas. E, nesse cenário, vamos
desenvolvendo novas ferramentas para ajudar o empreendedor: a tecnologia hoje
já permite gerar demonstrações financeiras mensais, conferir as notas emitidas
pelo seu CNPJ, fornecer certidões negativas em tempo real, entre outras
funções. Tudo isso facilita a tomada de decisão e potencializa o negócio.
Mas, quem lida com toda
essa tecnologia? Vemos o nascimento de perfil de contabilidade cada vez mais
integrada e interconectado. O profissional que cuida dessa gestão dinâmica de
documentos precisa ser ágil, saber se comunicar bem e apoiar o empreendedor
para minimizar os impactos tributário e fiscal. Respostas precisam ser cada vez
mais rápidas e assertivas. Sua empresa está preparada para esse cenário? Avalie
seus processos, converse com seu profissional de contabilidade e fique atento.
Avante!
Diário do Grande ABC- José Cardoso Via Mercado Contábil
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